Burocracia e barreiras fiscais impedem entregas mais rápidas, afirmam debatedores
O ecommerce avançou durante a pandemia, mas ainda há muito a ser feito. “[Estamos] no minuto um do primeiro tempo da jornada digital”, disse Vitor Magnani, presidente do Conselho de Comércio Eletrônico da FecomercioSP.
Ele foi um dos participantes do seminário O Futuro do Varejo e o Varejo do Futuro, evento promovido pela Folha na última quinta (5), com patrocínio da Embratel.
Segundo Magnani, a burocracia e as barreiras fiscais dificultam que as entregas de mercadorias vendidas pela internet sejam mais rápidas. “No Brasil, temos enormes desafios logísticos, como as questões tributárias.”
Ele afirmou que, para levar um produto de Manaus a São Paulo, por exemplo, é preciso imprimir 16 guias referentes a impostos, que devem ser apresentadas em fiscalizações. “Uma vez ou outra, as mercadorias ficam paradas nas barreiras fiscais, o que faz com que o tempo [de entrega] aumente.”
Magnani ressaltou, porém, que já existem ferramentas que permitem estruturar um sistema de distribuição que leve em consideração os locais dos pedidos para otimizar o processo logístico.
“Num cenário anterior, caminhões atravessavam cidades e estados para distribuir celulares nas lojas. Hoje, temos tecnologias que conseguem agrupar esses produtos pela localização dos compradores e fazer os despachos de maneira muito rápida.”