Governo terá grupo de trabalho para tratar da nova política de valorização do salário mínimo
Os motoentregadores tiveram nesta terça-feira (17) a primeira reunião com o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O encontro foi com Gilberto Carvalho, secretário de economia solidária do Ministério do Trabalho e Emprego, em São Paulo.
Segundo Edgar Francisco da Silva, o Gringo, presidente da Amabr (Associação dos Motofretistas de Aplicativos e Autônomos do Brasil), o governo reconheceu a necessidade de legitimidade dos entregadores na discussão de regras para os aplicativos.
Com isso, a paralisação programada para o próximo dia 25 pelos entregadores reunidos sob a Aliança dos Entregadores de Aplicativos foi supensa.
“Estávamos denunciando a exploração dos aplicativos e exigindo fazer parte da mesa de negociação do governo para fazer a regulamentação”, diz nota divulgada pela aliança.
Os representantes dos aplicativos estão na expectativa de conseguir uma data para sentar com o governo. O MID (Movimento Inovação Digital), que reúne apps como 99, Mercado Livre, Loggi e Rappi (são cerca de 150 empresas) encaminhou na sexta (13) um pedido de reunião para o dia 19.
Eles querem debater, além da regulamentação dos serviços de entrega, as regras para viagens de passageiros. O pedido de encontro é assinado pelo presidente do MID, Vitor Magnani.
A criação de um conjunto de regras para o trabalho intermediado por aplicativos estará na pauta de outras duas reuniões previstas para esta semana.
A primeira será na quarta (18) com o presidente Lula e representantes de centrais sindicais como UGT (União Geral dos Trabalhadores), Força Sindical, CUT (Central Única dos Trabalhadores) e CSB (Central dos Sindicatos do Brasil), em Brasília (DF).
Em cerimônia no Palácio do Planalto, o governo anunciará a criação, até o fim de fevereiro, de um grupo de trabalho para discutir a regulamentação dos aplicativos e outro para tratar de negociação coletiva.