forbes2511

Open Delivery: mais tecnologia e concorrência

Compartilhe esta publicação:

Segundo dados da consultoria Mobilis, os gastos em aplicativos desse setor cresceram cerca de 149% somente em 2020.

É chover no molhado dizer que o e-commerce foi a tábua de salvação de milhares de empresas no Brasil durante a pandemia. Mas talvez em nenhum outro setor ele tenha sido tão vital quanto no de bares e restaurantes. Em algumas cidades, os estabelecimentos tiveram de ficar mais de 100 dias fechados. E mesmo quando reabriram, sofreram com restrições até muito recentemente. De acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), cerca de 12 mil negócios fecharam as portas na cidade de São Paulo por conta das medidas de distanciamento social desde março de 2020.

Assim, o delivery de comida pronta não só cresceu, mas amadureceu. Segundo dados da consultoria Mobilis, os gastos em aplicativos desse setor cresceram cerca de 149% somente em 2020. Restaurantes que nunca haviam sequer cogitado fazer entregas via plataformas digitais se viram compelidos a isso. E puxaram consigo uma extensa cadeia de fornecedores, de embalagens a softwares, que também passaram a olhar com mais carinho para o tema.

No entanto, ainda há muitas barreiras para o desenvolvimento – e, se você ainda não conhece, deveria prestar atenção ao Open Delivery, iniciativa da Abrasel com o apoio de diversas empresas e entidades, que promete acelerar a evolução deste mercado, além de criar diversas oportunidades para as empresas fornecedoras de tecnologia, em um mercado que fatura bilhões de reais todos os anos.

handsome smiling businessman holding credit card using mobile app shopping online

O meio mais fácil de entender o Open Delivery é pensar como uma solução para uniformizar as informações entre os diversos atores do ecossistema de alimentação. Nele será possível ter um padrão de cardápio e recebimento de pedidos que pode ser usado por toda a cadeia: aplicativos de entrega, softwares de gestão, de logística, meios de pagamento. Ou seja, um recurso democrático e inclusivo.

Para os donos de bares e restaurantes, a vantagem é óbvia: com todos falando a mesma língua, fica muito mais fácil aumentar o número de canais de venda, pois se torna possível trabalhar com um único cardápio – hoje cada aplicativo solicita que o cardápio seja construído de seu jeito. Também ajuda o fato de ser uma solução de código aberto, desenvolvida e aprimorada pelo mercado.

Já para os softwares, a coisa fica ainda mais interessante. O Open Delivery permite cortar custos de integração com aplicativos e oferece mais opções para os clientes. Isso vai melhorar ainda mais com a adoção do padrão por parte dos serviços de logística.

Por fim, para o cliente final também há ganhos. A integração entre os aplicativos de entregas e restaurantes vai permitir que o consumidor busque um tipo de prato e encontre o mesmo item por preços diferentes em um único lugar. No médio prazo, o cliente terá um ambiente com mais concorrência e aberto à inovação com mais ofertas, melhores preços e mais facilidade.

Portanto, o Open Delivery abre uma porta para que existam novos players disputando o serviço de vendas, de logística, de pagamentos. E traz de volta o poder para a mão de quem produz – no caso, os bares e restaurantes. A iniciativa é mais um passo na direção de mais concorrência e inovação, como o Open Banking fará para o setor financeiro. No Brasil, o futuro é open.

Enviar uma mensagem
Posso ajudar?
Olá!
Como posso ajudar?